domingo, 23 de junho de 2013

"Para não dizer que não falei das flores"

Meu pai acha que levará uns 50 anos para mudarmos a cultura do jeitinho(falta de ética). Acho que já começamos. Com certeza não será do dia para noite e para um país com proporções continentais, deve levar tempo até convencermos a todos a agirem como uma comunidade de verdade. Mas o que estou assistindo hoje é consequência da exacerbada falta de moral de muitos políticos e também do capitalismo desenfreado. Esses jovens que estão nas ruas não têm o mesmo perfil dos jovens de 64 por várias razões, entre elas: 4: Globalização. Hoje somos uma aldeia global como diz Edgar Morin e, assim sendo, aprendemos com as experiências alheias, apoiamos e somos apoiados por essa aldeia. 3:A informação. Nunca antes o Brasil teve uma rede tão extensa e acessível. A própria economia, ao financiar o comércio, facilitou para que muitos de nós pudéssemos ter o nosso PC-personal computer- lap-tops, smartphones etc. 2: Num ambiente democrático, podemos buscar a informação e compartilhá-la, ainda que sob suspeita de acompanhamento das instituições de inteligência. 1: Essa é a geração que cresceu ouvindo na escola que os direitos devem ser iguais. Que teve em seu currículo escolar oficial, influenciado pela UNESCO, a não-violência, a prática de boas ações, o cuidado com o meio-ambiente, a tolerância, a multiculturalidade etc. Então, essa é a geração que formamos, a qual há tempos vimos dizendo que serão nossos representantes, que o nosso destino está em suas mãos. Por isso, só nos resta apoiar e dar as mãos. Manter a direção, pois não acredito que os últimos acontecimentos tratem-se de modismo e nem de ações externas diretas e obscuras. Somos nós. Nós plantamos nossas boas sementes e agora elas floresceram. Continuemos a regá-las e cuidar, tirando as ervas daninhas e adubando com a história e a experiência. Ana Paula Costa Pereira

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